ATO MÉDICO - A LUTA CONTINUA
PSICÓLOGO: MANIFESTE-SE COM RELAÇÃO AO PL DO ATO MÉDICO
PSICÓLOGO: MANIFESTE-SE COM RELAÇÃO AO PL DO ATO MÉDICO
Os
Conselhos de Psicologia estiveram durante todo esse tempo na luta
contra o Projeto de Lei do Ato Médico. Foram entregues ao Congresso 1
milhão de assinaturas, colhidas conjuntamente com outras profissões da
área da Saúde. Apoiamos na Câmara dos Deputados as emendas relativas à
questão do Diagnóstico, Chefia dos Serviços de Saúde e Acupuntura. Veja notícia no Jornal do Conselho Federal.
No entanto, após tramitação, foi aprovado um texto que não contemplou nossas reivindicações.
Acreditamos
que o texto, tal como aprovado, fere o princípio de integralidade do
SUS, que entende a Saúde como um processo de múltipla determinação, com
as ações de Saúde intervindo também nas condições de vida da população,
o que envolve diversos profissionais e áreas do conhecimento.
Não
se pode deixar apenas a cargo do médico a tarefa de decidir sobre
tratamento e cuidados em Saúde. Ao definir o diagnóstico nosológico
como prática privativa médica, o PL coloca em risco a possibilidade de
diagnóstico por outros profissionais da Saúde, retirando a autonomia
desses profissionais e subordinando suas ações ao médico.
Segundo
o PL, apenas médicos poderão ocupar cargos de Chefia de Serviços
Médicos. Entretanto, não define o significado desses serviços, o que
poderá prejudicar a possibilidade de outras profissões ocuparem cargos
de gestão em serviços de Saúde, como, por exemplo, as Unidades Básicas
e os Centros de Atenção Psicossocial.
O
exercício da Acupuntura pelo psicólogo, regulamentado pela Resolução
CFP 05/2002, pode ficar prejudicado com o PL do Ato Médico.
Na
próxima etapa, o projeto retornará à votação do Senado. Nesta etapa,
não serão mais possíveis emendas nem alterações, sendo possíveis apenas
supressões de artigos, incisos ou parágrafos ou a própria não aprovação
do projeto na íntegra. Caso seja aprovado no Senado, passará por
aprovação ou veto total ou parcial da Presidência da República.
Durante
o IX Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, o presidente Lula
mostrou-se preocupado em trazer para o debate o projeto que regulamenta
o Ato Médico. Veja discurso no link.
No
dia 6 de novembro último, o CFP esteve reunido com outros Conselhos
Federais de Saúde, com intuito de discutir o tema e decidir ações
conjuntas. Decidiu-se que será feita nova análise dos projetos
aprovados para apresentá-los a Senado, Presidência, Casa Civil,
Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Saúde. Na ocasião, o CFP
propôs a reativação da página do “Não ao ato médico” para centralizar
as notícias e ações desenvolvidas.
Convocamos
os psicólogos para permanecerem na luta, pressionando as instâncias
políticas para evitar a aprovação do projeto tal como está. Faça sua manifestação e envie aos senadores clicando aqui. Em breve será possível enviar também seu manifesto por meio da página www.naoaoatomedico.org.br.Mensagem do CRP-SP
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