Na manhã de
hoje, 07/12/2015, o diretor da Escola Estadual Ayrton Busch fez uma denúncia
para a polícia de que a escola havia sido desocupada e que furtos estavam
acontecendo. Os cadeados que trancavam os portões foram quebrados por
professores, diretor e coordenadoras, permitindo com que entrassem no prédio
junto com a polícia. Após verificarem a permanência da ocupação e a não ocorrência
de furtos, os policiais se retiraram, entretanto, professores, funcionários e
estudantes que não constroem o movimento permaneceram dentro do recinto
pressionando a ocorrência de aulas.
A desocupação estava prevista para amanhã, agora haverá nova assembleia para definir o fim da ocupação. Em reportagem transmitida na TV Tem (afiliada da Rede Globo), o apresentador Evandro Cini afirmou que a Diretoria de Ensino está aberta a diálogo, mas que os estudantes se recusam a discutir. Bem, a escola estava ocupada, trancada e com a presença de apoiadores do movimento no portão; uma conversa com qualquer pessoa na frente da escola já resultaria na ciência de que os estudantes permaneciam ocupados, não há justificativa para o arrombamento dos cadeados ou para a alegação de furtos. O diretor usou de uma denúncia falsa para tentar criminalizar o movimento e implodi-lo violentamente: quem não está dialogando não são os estudantes!
Lembramos que foi publicado neste sábado (05/12), no Diário Oficial, a revogação do decreto nº61.672, de 30 de novembro de 2015, que dava o pontapé inicial para o processo de reorganização das escolas. Também lembramos o Pronunciamento feito por Geraldo Alkmin na semana passada, dizendo que a reorganização escolar estava suspensa neste final de ano, e que no ano de 2016 haveria um tempo de diálogo com todas as escolas. Essa suspensão não garante o cancelamento da reestruturação escolar!
A proximidade entre o pronunciamento da suspensão e a publicação da revogação do decreto nº61.672 é uma artimanha para confundir a população e nos levar a pensar que já está tudo resolvido, que a luta dos estudantes não tem mais sentido, visando desmoralização do movimento. O Comando das Escolas Ocupadas, após discutir essas questões, se pronunciou exigindo uma audiência pública, amplamente convocada, a onde o governador deveria declarar de forma clara e concreta que o projeto de reorganização escolar será permanentemente cancelado.
A luta continua, seja ocupando as escolas ou as ruas!!!
Estudantes da E. E. Ayrton Busch após saída da polícia.
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